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                                                        Fotos do Google.                                                                                                                                                                                                                                                                                                           Com a alta nos preços dos chocolates para 2025, consumidores em Natal e no Rio Grande do Norte têm buscado alternativas para manter a tradição de consumir doces na Páscoa. Algumas lojas têm desenvolvido kits com itens diversos numa tentativa de atrair consumidores e proporcionar formas diferentes de consumir os chocolates na semana santa. Nos supermercados, a procura está dentro do esperado, segundo a Associação dos Supermercadistas do RN (Assurn), com expectativa de intensificação das vendas a partir desta quinta-feira (17). “As vendas da páscoa estão dentro do previsto. O grande movimento começa realmente na véspera da sexta-feira santa, início de feriadão, então o movimento passa a ser mais intenso nas lojas. A procura pelos produtos de sazonalidade, como chocolates, vinhos, pescados, já começam a se intensificar. É o momento que vamos ver a grande procura. Sobre o consumo dos chocolates, realmente já há uma grande migração para as caixas e barras, devido ao alto preço dos ovos, mas estes ovos são enviados para as lojas em quantidades menores do que no passado e as empresas se encarregam de fazer suas ofertas e promoções até à última hora. Não há perigo de faltar, de sobrar, porque as empresas fazem vender”, explica o presidente da Assurn, Gilvan Mikelyson.

Em lojas de Natal, os kits estão sendo procurados como uma forma de driblar a alta dos preços dos ovos de páscoa que, em alguns casos, podem chegar a R$ 150, a depender das marcas e de eventuais brindes que vêm com os ovos.

No caso dos kits, há lojas que já deixam os produtos montados, contendo uma cesta, chocolates, doces diversos e até balões com mensagens personalizadas. Há ainda situações em que os kits podem ser montados na hora, com os chocolates escolhidos ao gosto do cliente.

“Nos últimos anos, estamos tendo o hábito de fazer esses kits, geralmente já para ter mais opções. Aqueles que não podem comprar os ovos, vão para essa segunda opção que são as caixinhas. O brasileiro deixa tudo para última hora e nesses últimos dias têm saído bastante”, explica a gerente de uma unidade da Docelândia, Shyrlene Bezerra, que comenta que os kits têm sido cada vez mais procurados pelos clientes.

A situação também se repete na Disnac, que prepara kits e caixas personalizadas com guloseimas. A gerente de uma das unidades, Elaiane Lorena Freitas, aponta que os kits também são uma possibilidade dos clientes presentearem amigos e familiares que não consomem chocolates, por exemplo.

“Montamos kits com blister, que é uma espécie de ovo falso e vamos montando de acordo com o gosto do cliente. Tem gente que não pode comer chocolate, então montamos com brinquedos, com itens educativos, lápis, livrinhos, e também montamos cestas para casais de acordo com o que eles pedem. O pessoal escolhe e montamos”, acrescenta.

Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomercio), a expectativa é de um cenário de crescimento expressivo na intenção de consumo dos potiguares durante a Páscoa de 2025. Em todo o Estado, a estimativa é de que a data movimente R$ 573,4 milhões — crescimento de 15,2% em relação ao ano passado. Em Natal, o volume deverá atingir R$ 158,1 milhões (+10,6%), e em Mossoró, R$ 61,8 milhões (+20,5%).

Em nível nacional, a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é que as vendas para a data somem R$ 3,36 bilhões, número que representa uma retração de 1,4% no volume de vendas, em comparação ao ano anterior, já descontada a inflação.

A principal razão para o recuo está na disparada dos preços de produtos típicos da celebração, especialmente o chocolate. O item deverá registrar aumento médio de 18,9%, o maior reajuste em 13 anos. A alta é atribuída à valorização do cacau no mercado internacional e à desvalorização do real frente ao dólar, que passou de R$ 5 para R$ 5,80 em um ano.

Em Natal, uma pesquisa do Procon municipal feita entre 1º e 11 de abril constatou uma alta de 12,91% nos preços dos ovos de chocolate em relação à pesquisa do ano passado. Fonte Tribuna do Norte.